Estudos recentes indicam que o tratamento feito à base de um medicamento chamado cetamina pode ajudar a aliviar a depressão em questão de horas. Os tratamentos para esse tipo de condição costumam levar semanas para fazer efeito, já que as drogas visam a melhora em longo prazo, e não em curto, como no caso de uma simples dor de cabeça.
Muitos pacientes em tratamento acabam se desestimulando com a espera pela melhora, deixam de tomar os medicamentos e os sintomas acabam piorando. Novos tratamentos com cetamina prometem ajudar àqueles que têm pressa, já que a promessa é de um alívio em poucas horas e com efeito duradouro. O problema é que esse medicamento foi mal visto durante muito tempo por causar efeitos colaterais alucinógenos.

GLYX-13

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A nova pesquisa, porém, descobriu um composto com os mesmos resultados de tratamento, mas que não causa alucinação: o GLYX-13. É preciso sempre lembrar que a depressão é uma doença e deve ser tratada com o acompanhamento de um médico, pois pode ter sérias consequências se for ignorada. Cientistas acreditam que o que causa a doença é uma alteração química na região do cérebro, e os estudos para ajudar no tratamento estão em contínuo processo.
De acordo com o portal de Saúde do Brasil, em nosso país existem 10 milhões de pessoas que sofrem com essa doença, número bastante alto. Já a Organização Mundial da Saúde explica que 10% da população adulta dos EUA tem depressão e, desses, 40% não conseguem se beneficiar dos tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado.

Outros benefícios

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Os estudos feitos com o GLYX-13 relataram também que a substância melhora propriedades relacionadas à memória e tem efeito analgésico. A pesquisa usou a manipulação do medicamento em ratos e, nesse caso, percebeu-se que o efeito começava em uma hora e durava um dia inteiro. A fluoxetina, por exemplo, que também é um antidepressivo, leva até quatro semanas para começar a fazer efeitos em humanos, mas simplesmente não faz nada em ratos.
O GLYX-13 já foi testado em humanos e mudanças foram percebidas já no primeiro dia de medicação, sendo que, ao final de uma semana de uso, as melhoras eram ainda maiores. Atualmente, os estudos continuam sendo testados em pessoas, a fim de que se saiba quais são as dosagens ideais para diversos tipos de terapia. Pesquisadores também cogitam o uso da substância para tratamentos de condições relacionadas à esquizofrenia, ao autismo e ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.